Ataques na Guerra da Ucrânia: quando o alvo é militar e quando é civil
A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de três anos e, ao longo desse período, ficou cada vez mais evidente a diferença na forma como cada lado conduz seus ataques. De um lado, a Ucrânia direciona esforços contra alvos militares russos. Do outro, Moscou tem intensificado ofensivas contra civis ucranianos.
O foco ucraniano: enfraquecer a máquina de guerra russa
Os ataques ucranianos costumam mirar:
- depósitos de munição e combustível;
- bases aéreas e estruturas logísticas;
- radares, baterias antiaéreas e centros de comando.
A lógica é clara: desgastar a capacidade de combate da Rússia, dificultar a manutenção da ocupação em territórios invadidos e criar pressão sobre a infraestrutura militar inimiga. Esses alvos são considerados legítimos pelo direito internacional em tempos de guerra, pois estão diretamente ligados ao esforço bélico.
A estratégia russa: terror contra civis
Moscou, por outro lado, tem intensificado ataques contra:
- prédios residenciais, hospitais e escolas;
- redes de energia e abastecimento de água;
- cidades distantes da linha de frente.
Esses bombardeios matam e ferem civis, destroem serviços essenciais e buscam impor terror psicológico à população ucraniana. O objetivo não é militar, mas político: enfraquecer a resistência interna e forçar Kiev a negociar em desvantagem. Juridicamente, trata-se de uma violação grave da Convenção de Genebra, configurando crime de guerra.
O contraste que define a guerra
- Ucrânia: mira instalações militares e busca reduzir a capacidade operacional russa.
- Rússia: ataca civis e infraestrutura não militar, estratégia de intimidação e desgaste social.
A diferença é nítida: enquanto Kiev tenta enfraquecer a máquina de guerra inimiga, Moscou aposta no medo e na destruição de vidas inocentes como arma política. Esse contraste ajuda a explicar por que a guerra na Ucrânia não é apenas uma disputa territorial, mas também um choque entre formas opostas de conduzir o conflito.